27 janeiro 2009

O amor

Aos casados há muito tempo, aos que não casaram, aos que vão casar, aos que acabaram de casar, aos que pensam em se separar,
...aos que acabaram de se separar, aos que pensam em voltar...

O amor
Artur da Távola


Por mais que o poder e o dinheiro tenham
conquistado uma ótima posição no ranking
das virtudes, o amor ainda lidera com folga.
Tudo o que todos querem é amar!
Encontrar alguém que faça bater forte
o coração e justifique loucuras.
Que nos faça entrar em transe,
cair de quatro,babar na gravata.
Que nos faça revirar os olhos, rir à toa,
cantarolar dentro de um ônibus lotado.
Depois que acaba esta paixão retumbante,
sobra o que? O amor...

Mas não o amor mistificado, que muitos julgam
ter o poder de fazer levitar.
O que sobra é o amor que todos conhecemos,
o sentimento que temos por mãe,
pai, irmão e filho.
É tudo o mesmo amor, só que entre amantes
existe sexo. Não existem vários tipos de amor,
assim como não existem três tipos de saudades,
quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O amor é único, como qualquer sentimento,
seja ele destinado a familiares,
ao cônjuge ou a Deus.
A diferença é que, como entre marido e mulher
não há laços de sangue, a sedução tem que
ser ininterrupta. Por não haver nenhuma
garantia de durabilidade, qualquer alteração
no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança
em cobrança acabamos por sepultar
uma relação que poderia ser eterna.

Casaram.
Te amo prá lá, te amo prá cá.
Lindo, mas insustentável...

O sucesso de um casamento exige mais
do que declarações românticas!
Entre duas pessoas que resolvem dividir o
mesmo teto, tem que haver muito mais do
que amor, e às vezes nem necessita
de um amor tão intenso.
É preciso que haja, antes de mais nada, respeito.
Agressões zero.
Disposição para ouvir argumentos alheios.
Alguma paciência. Amor, só, não basta.
Não pode haver competição. Nem comparações.
Tem que ter jogo de cintura para acatar regras
que não foram previamente combinadas.
Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência,
infantilidades. Tem que saber levar.

Amar, só, é pouco. Tem que haver inteligência.
Um cérebro programado para enfrentar
tensões pré-menstruais, rejeições,
demissões inesperadas, contas prá pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos,
dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra.
Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem visando à longevidade
do matrimônio tem que haver um pouco de
silêncio, amigos de infância, vida própria,
um tempo prá cada um.
Tem que haver confiança.
Uma certa camaradagem, às vezes fingir
que não viu, fazer de conta que não escutou.
É preciso entender que união não significa,
necessariamente, fusão. E que amar,
"solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham
que o amor é só poesia, tem que haver
discernimento, pé no chão, racionalidade.
Tem que saber que o amor pode ser bom,
pode durar para sempre, mas que sozinho
não dá conta do recado.
O amor é grande mas não é dois.
É preciso convocar uma turma de sentimentos
para amparar esse amor que carrega
o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar,
mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!

19 janeiro 2009

Axiomas de Zurique

Acabei de ler o livro Axiomas de Zurique de Max Guinther.
O livro aborda 12 regras (axiomas) que segundo ele foram criadas por especuladores suícos para ganhar dinheiro ou evitar perde-lo que vão na contra-mão dos livros sobre investimentos que eu li.
Alias , estou com medo de colocar esse livro em minha estante ao lado dos livros de Mauro Halfeld (Investimentos) ou de Pai Rico Pai Pobre.

Abaixo alguns dos axiomas :

Sobre Risco : Preucupação não é doença , mas sinal de saúde . Quem não esta preucupado , não esta arriscando o bastante.

Sobre Padrões : Até começar a parecer ordem , o caos não é perigoso.

Quem quiser obter um resumo do livro poste aqui um comentário que eu disponibilizo o link.